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Sinseppar reivindica reintegração de demitidos em serviços essenciais

Entidade encaminhou documento ao Ministério Público solicitando o reconhecimento da essencialidade dos serviços institucionais da Secretaria de Assistência Social de Parauapebas

 


por Adriany Santos

 

Na manhã de sábado (20) diretoras do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Parauapebas (Sinseppar) realizaram uma visita institucional ao Acolhimento Esperança, local que atualmente acolhe 47 crianças e adolescentes vitimadas por algum tipo de violência. O objetivo da visita foi ouvir os servidores sobre os impactos das demissões em massa que foram feitas pela Prefeitura na última sexta feira (19/05).

 

Os relatos colhidos descrevem a situação grave de sobrecarga e trabalho destes servidores que são divididos em cinco equipes, composta por sete cuidadores sendo que o local já está com a lotação acima do preconizado nas orientações técnicas do Sistema Único da Assistência Social (SUAS), que são de 20 acolhidos para cada serviço de acolhimento e, caso haja criança ou adolescente com necessidades especiais, as equipes deverão contar com profissional/cuidador, exclusivo para essas crianças. Atualmente duas encontram-se nessa situação e não há pessoas para essa exclusividade. Esses trabalhadores têm entre suas atribuições prestar atendimento a todas as demandas de cuidados rotineiros dos acolhidos, além de acompanhá- los em consultas médicas, por exemplo.

 

O trabalho ocorre em regime de plantões, em uma rotina árdua de três turnos diários de 24 horas, todos trabalham com os vínculos frágeis de contrato. De acordo com Daniele Leite, psicóloga técnica do acolhimento, foram 21 servidores desligados, entre esses, cuidadores, psicóloga pedagoga e a lavadeira. A gerente da instituição, Keilane Cunha, enviou ao Ministério Público (MP/PA) um documento relatando a situação e solicitando a reversão dessas demissões. Em uma tentativa de ajustar tamanha irresponsabilidade, a gestão da Secretaria Municipal de Assistência Social solicitou a todos os servidores que foram demitidos que aguardem e continuem o trabalho até segunda-feira (22/05) para encontrar uma solução.

 

Em reunião extraordinária com o Juiz Lauro Fontes Júnior, Ministério Público e diretores do Sinseppar, foi apresentando os esclarecimentos dos representantes da gestão municipal em fazer justamente o que estava explícito que não deveria ser feito. Entretanto, mais uma vez, levou-se em consideração apenas a demissões dos serviços essenciais da Saúde, citada do documento emitido após a tratativa.

 

Após a visita, o Sinseppar reivindica ao Ministério Público o reconhecimento da essencialidade dos serviços institucionais da SEMAS, como acolhimentos das crianças, idosos, imigrantes, bem como o amparo às pessoas em situação de rua. Estes profissionais atuam 24 horas! A Central do Cadastro Único também foi afetada.

 

O Sinseppar se solidariza a com todos os servidores da Secretaria de Assistência Social de Parauapebas (SEMAS) que, mais uma vez, ficaram de fora do reconhecimento legal de serviços essenciais, por uma interpretação opcionalmente irresponsável e criminosa dos gestores diante da decisão judicial que deu um prazo de mais de ano para o prefeito do município, José Darcir Lermen, adequar o funcionalismo público à lei que prevê o ingresso no serviço público através da realização de concurso, permitindo, somente em caráter temporário, outras modalidades de contratação.

 

Em Parauapebas o que se vê, infelizmente, é o inverso da Lei. Só na SEMAS são mais de 450 contratos para apenas 157 servidores efetivos. O que também causa surpresa foi a decisão da gestão da própria Secretaria em desligar pessoas essenciais da alta complexidade do SUAS, ao invés de optar por outros servidores da média e básica complexidade que são, por exemplo, auxiliares administrativos dos CRAS e CREAS; o que se observou, no entanto, foi a circunstância de até mesmo técnicos como psicólogos de referência serem demitidos e auxiliares administrativos mantidos. Espantosamente, até mesmo quem poderia auxiliar tecnicamente neste devido remanejamento de maneira menos drástica, como a diretora técnica da Secretaria, foi demitida, ou seja, sem nenhum olhar técnico, dezenas de servidores foram desligados enquanto outros tantos apadrinhados políticos permanecem.

 

O MP reforçou que a decisão judicial deixou claro que serviços de Saúde, Educação e os demais que forem essenciais deveriam preservar as contratações para não prejudicar os serviços à população.

 

- Adriany Santos ocupa o cargo de suplente na diretoria do Sinseppar

 

 

Ascom/Sinsepar 

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